O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano: ele exerce mais de 200 funções e é responsável por manter o corpo livre de toxinas e células que se tornaram inúteis.
Como consequência, é um dos órgãos que mais sofrem com um estilo de vida não saudável, o que pode levá-lo a desenvolver uma série de doenças.
A maioria das doenças hepáticas são inicialmente silenciosas. Por isso, os exames de rotina e a atenção a certos sinais do seu corpo são indispensáveis para manter a saúde deste órgão.
Este texto irá apresentar alguns sintomas e algumas das principais doenças que afetam esse órgão tão importante. Confira:
Funções do fígado
O fígado desempenha funções importantes em diversos processos do organismo. Dentre elas estão:
· Filtrar microrganismos: o órgão é um dos principais responsáveis pela defesa imunológica do organismo.
· Desintoxicar o organismo: o fígado transforma hormônios e drogas em substâncias não ativas, para que elas possam ser excretadas pelo organismo, evitando intoxicações.
· Transformar amônia em ureia: se o órgão estiver lesado, a amônia passará para a circulação e alcançará o cérebro, provocando alterações neuropsíquicas (mudanças de comportamento, esquecimento, insônia, sonolência) e coma.
· Secretar a bile: a bile é um fluido que atua na digestão de gorduras e na absorção de substâncias nutritivas.
· Armazenar glicose: a glicose é a principal fonte de energia para o funcionamento dos outros órgãos.
· Produzir proteínas: 0 fígado é responsável pela produção de proteínas ligadas ao processo de coagulação do sangue, e também pela produção de albumina, que auxilia o transporte de substâncias pela corrente sanguínea.
Sintomas de doenças hepáticas
A maioria dos problemas no fígado apresentam sintomas similares, já que, mesmo que tenham origens distintas, essas doenças comprometem as mesmas funções do órgão.
Os sintomas aqui listados podem ter outras origens, e não necessariamente indicam doenças hepáticas. Mas é importante procurar um médico diante do aparecimento de qualquer desses sintomas:
· Icterícia: tom amarelado nos olhos e na pele.
· Ascite: acúmulo de líquidos dentro da cavidade abdominal, conhecido popularmente como barriga d’água.
· Sangramento digestivo e quadro súbito de vômitos hemorrágicos.
· Encefalopatia: alteração de funções cerebrais básicas, que podem causar letargia, irritabilidade, dificuldade de concentração, redução do nível de consciência e coma.
· Ginecomastia: desenvolvimento de mamas nos homens
· Telangiectasias: lesões vasculares conhecidas como aranhas vasculares. São mais frequentemente encontradas no tronco, face e braços.
· Dor ou inchaço na parte superior direita do abdômen, abaixo das costelas.
Mas, muito antes do aparecimento desses sintomas, o seu corpo pode dar sinais sugestivos de um início de problemas no fígado, dentre eles:
· Coceira no corpo
· Cansaço ou desânimo
· Enjoos após as refeições
· Tontura, dor de cabeça, febre, suor excessivo, dificuldade de concentração
· Vermelhidão na palma da mão e aparecimento de manchas roxas na pele
· Fezes mais claras
· Sangramentos pelo nariz
· Sangramento anormal após traumas de pequena intensidade
· Boca seca, gosto amargo na boca
· Constipação ou diarreia
· Ganho ou perda de peso excessivo e sem motivo
Esses sinais são inespecíficos, podendo ser simplesmente resultado de alterações em sua rotina ou hábitos alimentares. Sempre procure o seu médico se você apresenta um grande número de sintoma ao mesmo tempo, se alguns deles acontecem com frequência ou se persistem por muito tempo.
Tipos de doenças hepáticas
Existem diversas doenças hepáticas e, como já dissemos, os sintomas podem ser muito parecidos. A diferença entre elas costuma ser a gravidade e a velocidade com que deterioram o fígado.
A falta de investigação pode levar muitos médicos a um diagnóstico precoce de doenças mais tradicionais, como as hepatites virais. Esse erro é inaceitável. A suspeita de uma doença no fígado deve ser investigada de forma ampla, através de exames de imagem, biópsias e exames laboratoriais.
As principais doenças que acometem o fígado incluem:
Esteatose hepática
Acúmulo de gordura no fígado, que pode ser genética ou causada por alcoolismo. Inicialmente é assintomática.
Cirrose
Caracterizada pela substituição do tecido do fígado por fibrose. Pode ser causada por alcoolismo ou pelo avanço de outras doenças hepáticas, como hepatite B e C e esteatose.
Hepatites
Inflamação do fígado. Pode ser viral (hepatites A, B, C, D e E), alcoólica ou autoimune (provocada pelo sistema imunológico do próprio indivíduo).
Insuficiência hepática aguda
Diminuição rápida da função do fígado, o que pode ser fatal. Geralmente é causada por envenenamento, principalmente por meio de medicamentos em altas doses e contato com substâncias tóxicas. Também pode surgir como uma complicação de outras doenças hepáticas.
Câncer de fígado
Pode se originar no fígado ou ser resultado de uma metástase de um câncer que teve início em outro órgão. Seus principais fatores de risco são hepatite crônica B ou C e cirrose hepática.
Parasitoses
Diversos parasitas podem migrar para o fígado e causar lesões ou bloqueios, como os vermes causadores da malária, da esquistossomose, dentre outros.
Prevenção
Algumas atitudes simples ajudam a prevenir a maioria dos problemas que acometem o fígado:
· Utilize preservativos sempre e de forma correta.
· Higienize e cozinhe corretamente os alimentos.
· Mantenha sua vacinação em dia.
· Se proteja com luvas e outros materiais de segurança quando precisar manusear produtos químicos.
· Mantenha hábitos de vida saudáveis: pratique exercícios físicos, tenha uma alimentação equilibrada e consuma álcool com moderação.
Tratamentos
O tratamento das doenças hepáticas poderá ser feito através de medicamentos, mas os casos mais leves são tratados apenas com alterações na sua alimentação e rotina. Em casos específicos, pode ser necessário alguma intervenção cirúrgica.
Tudo depende da rapidez e precisão do diagnóstico. Quando diagnosticadas precocemente, a maioria das doenças hepáticas pode ser curada antes de surgirem complicações, por isso esteja atento aos sintomas listados nesse texto.
Cada diagnóstico exigirá um tratamento diferente, por isso é importante procurar uma boa clínica, com bons profissionais. Um bom diagnóstico incluirá exames de imagem como ultrassonografias e ressonâncias, exames laboratoriais e biópsia, quando necessário.
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