Maria Cecília de Souza tem 83 anos e vive em Blumenau desde 1943. Ela nasceu em São Francisco do Sul. O pai militar e a mãe dona de casa tiveram sete filhos. Doutora Mariazinha, como é mais conhecida, é a mais velha deles. De São Francisco a família se mudou para diversas cidades de outros estados brasileiros. Aqui eles moraram no Jardim Blumenau, na Rua Ceará, no Garcia, perto do posto MC, e se estabeleceram em definitivo na região da Rua Araranguá, no anos 1960, e lá ela vive até hoje.
Mariazinha estudou no Colégio Sagrada Família, na Escola Pedro II e no Colégio Santo Antônio, onde cursou o Científico e o técnico em Contabilidade.
Depois de concluir o colegial, Maria Cecília foi a Curitiba com irmão estudar Farmoquímica na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na capital paranaense morou no Bacacheri. De volta a Blumenau ela começou a trabalhar na prefeitura como professora em 1962, mesmo ano em que se casou com um engenheiro têxtil formado na escola Francisco Matarazzo que veio trabalhar na Empresa Industrial Garcia (Artex/Coteminas). O casal não teve filhos biológicos, mas ao longo da vida adotou quatro crianças.
Na Universidade Regional de Blumenau (Furb) ela ainda cursou Administração e Direito, a grande paixão da vida dela. Depois de atuar como professora, passou a trabalhar na procuradoria do município, de onde só saiu ao se aposentar em 1992.
Desde 1996 ela atua no Juizado Especial Cível, que fica no Fórum Universitário. Lá ela desenvolveu inúmeras atividades e há seis anos atua somente como conciliadora. Na comunidade teve, e ainda tem, forte atuação. Foi presidente da Associação Blumenauense de Acolhimento à Criança e ao Adolescente (Abam) e da Casa São Simeão. Hoje é vice-presidente da Associação dos Amigos do 23º Batalhão de Infantaria.
Mariazinha ficou viúva em 2003 e hoje vive com o filho mais velho e a nora. Nas horas vagas ela gosta de fazer crochê e sempre que pode ela lê, preferencialmente, romances, aventuras e biografias.
O trabalho ocupa dela dois dias da semana. Nos demais ela se dedica a outras atividades comunitárias. Ao ser questionada sobre os planos para o futuro ela diz que não se vê parada em casa. Quer viver mais alguns anos para continuar trabalhando e permanecer em contato com as pessoas.
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