Atualmente, as mulheres pesquisadoras e cientistas representam apenas 28% em comparação aos homens
Quando você pensa na palavra “cientista” a primeira coisa que vem a mente é a imagem de um homem em um laboratório? É comum que venham alguns nomes como Albert Einstein, Charles Darwin, Isaac Newton ou Stephen Hawking. Pode não ser óbvio para alguns, mas todas as imagens relacionados à ciência presentes no cotidiano são predominantemente masculinas. No entanto, a descoberta do DNA, dos cromossomos Y e X e do vírus HIV, por exemplo, foram conquistas femininas. Mesmo que muitos ainda desconheçam, a lista de mulheres que conseguiram driblar o machismo e gerar grandes contribuições para o desenvolvimento das ciências é grande.
De acordo com dados divulgados no último relatório da Unesco, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores no mundo e a diferença aumenta ainda mais em funções de gestão. Segundo a agência, essa porcentagem é justificada por diversos fatores, como o difícil acesso a investimentos e redes de estudo. Para as Nações Unidas, ciência e igualdade de gêneros são vitais para alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Foi pensando nisso, que em 2016, a ONU criou o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Comemorado no dia 11 de Fevereiro, a data tem o objetivo de honrar nomes como Marie Curie, Rosalind Franklin e Nettie Stevens, e inspirar e engajar outras meninas a seguirem na área.
Representatividade importa
Foi pensando na falta de incentivo para as garotas entrarem no mundo da ciência que a historiadora e mestre em Educação, Gabriella da Silva Mendes, criou o projeto Meninas na Ciência, página de divulgação científica voltada para mulheres. A iniciativa surgiu em 2018, com o objetivo de incentivar a inserção de meninas na carreira acadêmica, principalmente nas áreas voltadas às ciências e engenharias, onde historicamente a presença masculina é predominante.
Para Gabriella, a falta de visibilidade e participação das mulheres na área se dá pelo apagamento delas ao longo da história. Para mudar esse cenário, é preciso haver incentivo desde a infância, na educação básica e, principalmente, na família. “Na maioria das vezes as meninas são estimuladas brincar de casinha, beleza ou cozinha, e os meninos, raciocínio lógico ou estratégia”, explica.
Além de fazer a divulgação de informações sobre conquistas, descobertas e invenções de mulheres, a equipe da página Meninas na Ciência também promove ações em escolas públicas, como oficinas a respeito do papel da mulher ao longo da história científica e um jogo de memória sobre mulheres cientistas.
Para saber mais sobre o projeto, acompanhe a página do Facebook ou pelo @meninas_na_ciencia_ufrj no Instagram.
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