Aulas online, um gerador de conflitos

Na atual situação em que todos estamos passando com nossas famílias reclusas, compartilhando internet e um local da casa ou apartamento para trabalhar em home office, e filho(s) com aulas online, quase não existe mais um momento de privacidade.

A criança ou adolescente encontra-se em um ambiente meio escola e meio família. Falamos muito deste “novo normal” e das dificuldades encontradas pelos professores e alunos, fora de seu ambiente tradicional e seguro já familiarizado pelo cérebro para o estudo (escola).

Professores que se sentem desconfortáveis com este sistema de gravarem ou entrarem na casa dos alunos pelos diversos recursos de comunicação, do tipo zoom, meeting...e ainda estarem sujeitos às críticas pelo seu modo de processo de ensino e sua relação com o aluno, pois ao final acabam sendo observados por toda família. Porém temos professores que não tem problema com este novo sistema de aula online, por terem já mais experiência ou maior facilidade e habilidade.

Aulas online tem sido um desafio para professores passarem as matérias e terem sucesso, que os alunos façam as atividades da maneira que foram sugeridas, e aos pais que se sentem desconfortáveis, pois necessitam estar auxiliando mais os filhos. Pais acham que cabe tão somente à escola e ao professor ensinar as matérias e professores que esperam mais ajuda dos pais neste momento. Este impasse já existia antes, dentro do sistema de ensino, porém agora está mais aparente. Por mais que os pais façam tudo para auxiliarem e estimularem seus filhos a assistirem as aulas online, será sempre dos professores a tarefa de passar e ensinar as matérias.

Quem vai lidar agora com isso... a escola ou a família?

Ambas possuem em comum o mesmo desejo, querem o melhor para as crianças e adolescentes. Não podemos separar o grupo escola do grupo família, uma solução é fazer um agrupamento educativo.O que é isso e como se dará?Será a aliança em prol do estudo do ano letivo, encontros entre pedagogos, professores e família, sempre com uma pessoa capacitada para mediação, com objetivo comum de melhorar o sistema atual, eliminar queixumes mútuos e estabelecer resoluções aos problemas. Neste momento as reuniões devem acontecer pelos recursos conhecidos para reuniões online, devido à situação para não haver aglomeração em um local físico em razão da pandemia. Quem sabe este recurso possa continuar e ser aprimorado sempre para melhorar o sistema educativo, firmando que para mediação sugiro uma pessoa especializada e neutra.

Professores do ensino infantil e fundamental I, terão maiores dificuldades em manterem os alunos focados por muito tempo, haverá necessidade de acolherem mais a criança, criarem empatia, serem mais observadores. Aulas mais criativas e lúdicas, olhar mais atento para o local onde a criança está para receber sua aula neste momento. Será exigido mais de você professor, pense comigo, você escolheu essa função de educador, mestre, vai se sentir desafiado e será momento de grande aprendizado, e quando passar estará fortalecido. Agarre esta oportunidade e aguce todos os seus sentidos e habilidades.

Pais, é o momento de ajudar a preparar melhor seu filho, você pode tirar o pijama e penteá-lo como se fosse sair. Vista seu filho com o uniforme se for necessário, deixe preparado o lanche para o intervalo, isso irá ajudá-lo a sentir-se como se estivesse indo à escola, importante é fazer um ritual para preparar o cérebro da criança para que se sinta entrando em “modo escola”.

Espero sinceramente ter contribuído para que se estabeleça uma boa conexão entre o meio escolar e familiar, afinal todos queremos o melhor e somos responsáveis pelas nossas crianças e adolescentes.

De modo algum quis deixar embaraços, este artigo foi baseado no método Kid Core Coaching, Teen Coaching, neurociência e psicologia positiva.

Meu nome é Sueli Regina Geisler, sou COACH e minha especialidade é ajudar num estudo eficiente para que tenha aprovação no ENEM ou VESTIBULAR e nas relações com adolescentes.

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