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ARTIGO

Doce ou Veneno

Por Taiana Bratfisch

Taiana Bratfisch

Taiana BratfischNutricionista com Especialização em Neuropsicologia, Fitoterapia, Modulação Intestinal I, Nutrição Esportiva, Capacitação de Nutrição e Suplementação Esportiva, e Alimentação Especial e Estratégias de Controle da Obesidade E Aspectos Psicológicos e do Emagrecimento. MBA Coaching; Técnica em Nutrição e Dietética pela Uniasselvi. Atuo em Clínica de Nutrição e Estética, Treinamentos, Mentorias, Palestras empresariais, mentora de Cursos na Área do desenvolvimento da Nutrição Comportamental.

04/08/2020 09h00
Por: Redação
Fonte: Taiana Bratfisch
Taiana Bratfisch (Foto: Divulgação)
Taiana Bratfisch (Foto: Divulgação)

Olá Doçura! Excepcional Dia!

Viu que hoje o tema traz sensibilidade doce nas papilas gustativas?

Ops, é sentido figurado, mas você salivou para um docinho agora né? Fala pra mim!

Enfrentamos umas das principais causas de doenças crônicas mais propensas a nos matar, ou ao menos a acelerar nosso declínio, no século que estamos: os açúcares, que entram nessa história como um grande vilão.  Hoje, um terço dos adultos apresentam obesidade, dois terços estão acima do peso, quase um em cada sete é diabético² e um em cada quatro ou cinco apresentará algum tipo de câncer¹; assim, um dos principais suspeitos de ser gatilho alimentar para esses males são os açúcares;

Essas informações nos deixam alertas para uma realidade no nosso cotidiano; Nossa geração e as gerações futuras irão sofrer com esse impacto na saúde. O foco da nossa conversa hoje é o papel do açúcar no nosso dia-a-dia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de açúcar não ultrapasse 10% das calorias da diária. “Desta forma, em uma dieta de 2000 kcal, o consumo de açúcar não deve ultrapassar 50g (aproximadamente 3 colheres de sopa), mas o ideal é que o consumo seja metade desse valor, no caso 25g, 1½ colher de sopa ao dia...estamos falando de um cálculo total, da junção de açúcares ingerido.

Mas nutri, entendi: vou cortar as 2 colheres de açúcar que coloco no café de manhã e as 2 colheres do café da tarde, é isso que devo fazer?

Se sim, após essa leitura vou parar de consumir o açúcar no café.

Seria fácil, calmo e tranquilo decidir assim a nossa rotina e nosso hábitos, não é assim tão fácil, mas também não é tão difícil... o que mais pega o ser humano é a vontade de um docinho, alguma “coisinha”, sabe?

Lógico que sei, e como sei.... Vamos então dialogar diante do tema proposto.

O açúcar em sua forma quase imperceptível está presente em grandes partes dos alimentos, ele é um ingrediente que aparece nos industrializados que estão prontos para ser consumidos, como as bolachas recheadas, salgadinhos, suco de caixinhas...nessa exposição de produtos ultra processados, você acaba perdendo o controle da ingestão diária de calorias e essa sobrecarga de açúcar no organismo pode provocar muitos malefícios à saúde.

Então, precisamos avaliar o que realmente o nosso corpo precisa e estabelecer um planejamento alimentar adequado dentro da sua taxa metabólica basal.

Vou te propor desafio: durante os próximos 15 dias, consumir a meta diária prescrita de açúcar/dia. Vamos tentar tomar nosso cafezinho apreciando o seu cheiro, sabor, textura evitando adoçá-lo. Substituir um alimento ultra processado (biscoito recheado por exemplo) por um in natura (fruta), todos os dias essa troca. Fechado!

Vamos deixar os refrigerantes de lado, e incentivo você a adotar uma garrafinha pet para todas as vezes em que a vontade daquele doce aparecer, você ingerir um pouco de água.

Pense a respeito, boas trocas promovem mudanças incríveis, e de um veneno suave que vai levando sua saúde embora aos poucos, você se torna um grande precursor de uma vida saudável.

E seja hoje um Docinho de pessoa, mais leve, brando e disposto.

Vamos aos poucos, mas sempre, afinal, é impossível vencer alguém que não desiste, nunca...

Eu tô aqui e jamais vou desistir de você!

 Beijo da Nutri.

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  ¹ CDC ”Obesity and Overweight”, 2016.

 ² MENKE A, Orchard TJ, Imperatore G, et al. The prevalence of type 1 diabetes in the United States. Epidemiology. 2013;24(5):773-774.

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