Qual a razão de passarmos tantas horas semanais nos templos?
As respostas podem ser múltiplas.
Por um lado, há muita gente com motivações equivocadas. Alguns vão à igreja como o operário vai à fábrica: bater o ponto! Outros sobem as escadarias na condição de religiosos: são membros preocupados em honrar o seu batismo. Existem também os "crentes festeiros": se há alguma atração ou um calendário especial, lá estão eles, sempre confundindo o lugar de culto com um centro de exibições. Mas, em épocas de "vacas magras", muitos se dirigem aos templos em busca de um Deus "guarda-chuva": basta aparecer uma nuvem no céu da existência e, então, eles se apressam para ocupar os primeiros bancos dos templos.
Por outro lado, uma parte significativa dos cristãos já entendeu a sua posição de integrante de uma comunidade que foi convocada por Deus para O adorar. O convite é simples, cristalino e definitivo: "Ó, vinde, adoremos e ajoelhemos diante do Senhor que nos criou" (Sl 95.6).
O que significa adoração? O transbordar de um coração agradecido definitivamente concentrado em Deus. Portanto, o espaço físico onde a igreja se reúne precisa ser, antes de tudo, um lugar de encontro entre Deus e o Seu povo. Sempre que você transpor as portas de um templo, pergunte-se: o que estou fazendo aqui? Sua resposta deve contemplar basicamente três verbos: honrar, agradecer e servir.
Honramos a Deus pelo que Ele é em essência (caráter, amor, fidelidade, glória, poder); agradecemos pelo que Ele faz (o Seu cuidado, as Suas obras, a Sua providência); e servirmos ao Senhor quando entregamos a Ele tudo o que somos e possuímos (talentos, energias, recursos, tempo). Ora, as reuniões públicas da igreja devem perseguir estes ideais. Jesus ensinou que o Pai procura "verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.23). Percebe-se, então, que adorar envolve consciência do sobrenatural, motivos puros e mente disciplinada.
Sempre há um templo com suas portas abertas para quem deseja celebrar ao Senhor com um coração humilde, contrito e agradecido.
Deputado Ismael dos Santos
Sensação
Vento
Umidade