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ARTIGO

Cidadania no trânsito

Por Fábio Campos da Silva

29/06/2020 09h56Atualizado há 4 anos
Por: Redação
Fonte: Fábio Campos da Silva
Fábio Campos (Foto: Divulgação)
Fábio Campos (Foto: Divulgação)

 

O que é Cidadania?

Cidadania é o exercício, pelo cidadão, dos direitos e deveres que lhe são outorgados pelo Estado e pela sociedade.

Indivíduo

Cada pessoa é um ser único, diferente de todos os outros. A individualidade é formada a partir da interação entre características herdadas e características adquiridas do ambiente, durante a vida.

Grupo social

É o universo de pessoas com as quais o indivíduo tem contato pessoal direto. A individualidade é o fator que motiva cada pessoa a fazer parte de grupos com os quais tem maior afinidade.

Mesmo antigas tribos primitivas já formavam grupos de pessoas com objetivos comuns. Um indivíduo passa a pertencer a um grupo quando decide cooperar com os objetivos comuns do seu grupo.

O ser humano é livre para escolher os grupos dos quais deseja participar: um grupo de trabalho, a constituição de uma nova família, um grupo de amigos, um grupo religioso, um clube esportivo, etc...

Provavelmente, o fator sobrevivência foi o que levou o ser humano a optar pela vida em grupo. O indivíduo, após perfeitamente integrado a um grupo, vê como seus os objetivos coletivos, sem perder sua individualidade. A maioria das pessoas tem uma certa noção do seu valor como parte do grupo algumas tem mais dificuldade para estabelecer o necessário equilíbrio entre necessidades coletivas e individuais.

Sociedade

É um universo maior, nele inseridos os grupos e as esferas sociais. Ao contrário do grupo, com a sociedade temos um relacionamento indireto e impessoal: identificamo-nos com ela por pertencermos a uma mesma nação; temos identidade cultural, valores e princípios comuns. Isso faz com que sejamos semelhantes, mesmo a pessoas estranhas ao nosso relacionamento individual. Com o passar do tempo, crescimento dos grupos, sofisticação e modernização das relações humanas, as sociedades acabaram organizando e padronizando normas de conduta, em função de valores sociais a preservar. O conjunto de valores preservados por uma sociedade em benefício dos seus componentes chama-se bem comum.

Destas relações nasceram, os conceitos de direitos e deveres. Nas sociedades modernas, o homem tem direito à proteção, ao crescimento, a ser reconhecido e a ser tratado com dignidade, justiça e oportunidades iguais, sem preconceito ou discriminação.

Em compensação, em nome do bem comum, deve cumprir com os deveres de reconhecer o direito das demais pessoas e acatar as normas impostas pela coletividade, sem as quais a própria sociedade, a qual pertencemos, não seria possível.

O indivíduo e a sociedade

Um homem não consegue produzir todas as coisas que consome. Para consegui-las, precisa produzir bens ou serviços úteis e desejáveis para a coletividade, que depois trocará pelo que quer ou necessita.

Muitas vezes, só nos damos conta dos benefícios que a vida em sociedade nos proporciona quando estes nos faltam. Como por exemplo, a simples falta de energia elétrica por algumas horas é o suficiente para gerar caos e indignação. E se forem interrompidos os serviços de água e esgoto? O mesmo poderia ser dito sobre uma gama enorme de outros serviços que usamos diariamente. Por outro lado, a vida em sociedade gera sobre o indivíduo uma serie de pressões anônimas, sobre as quais ele tem pouco ou nenhum controle. Por isso, nem todas as pessoas conseguem sentir-se verdadeiramente protegidas e amparadas pela sociedade.

Durante os últimos séculos, a humanidade experimentou diversos modelos, mas ainda estamos longe da forma de sociedade ideal, com justiça e igualdade para todos.

Esta distância é facilmente percebida em noticiários, jornais e nas ruas, onde necessidades particulares, de subsistência e sobrevivência do indivíduo, acabam falando mais alto do que a ética coletiva.

Diferenças individuais

Cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do dia-a-dia de maneira diferente. Isso ocorre em função de diferenças na formação, vivencia, cultura e personalidade de cada um. Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo, a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criatividade, fatores que contribuem para que não haja estagnação. Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais nada a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga sob outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anteriormente e inova os conceitos existentes.

Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos em tudo que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a família, amigos, etc.

Claro, temos um conceito a respeito de nós mesmos. Mas, como será que as outras pessoas nos veem?

· Calmos ou agitados?

· Egoístas ou altruístas?

· Pacíficos ou agressivos?

· Indiferentes ou cooperativos?

Relacionamento interpessoal

O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna. A qualidade dos relacionamentos, bem como a capacidade individual de mantê-los, são fatores determinantes de posicionamento social e qualidade de vida. Especialistas em relacionamento interpessoal e suas aplicações práticas em grupos estão entre os profissionais mais procurados e bem remunerados do mercado atual. Sociedades com forte desenvolvimento das relações interpessoais são as mais dinâmicas, mais cooperativas, tiram melhor proveito do trabalho em equipe e se desenvolvem melhor. Quando os anseios coletivos se somam positivamente as características individuais, temos o indivíduo ajustado, o verdadeiro cidadão.

Quando a individualidade é antagônica as demais pessoas e ao bem comum, temos conflitos.

É dever de todo cidadão aprimorar, continuamente, seus relacionamentos interpessoais.

Cidadão e o trânsito

Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que a vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas de conduta, que definem nossos diretos e deveres enquanto cidadão.

Estas normas são determinadas pelas leis e pelos códigos. Na sociedade brasileira, a lei máxima é a Constituição da República Federal do Brasil, promulgada em 1988. além dela, temos Códigos, com leis mais especificas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Código de Trânsito, etc.

O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito da demais pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for nocivo para a coletividade ou para nós mesmos.

O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos, segmentos e indivíduos de uma sociedade.

É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos diariamente:

· Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres.

· Para despacharmos as mercadorias que produzimos.

· Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos.

Código de Trânsito Brasileiro de 1998

Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis, formado pelo Código de Trânsito Brasileiro por decretos, resoluções complementares e portarias das autoridades de trânsito. Este conjunto prevê comportamentos e ações corretas para todos os elementos do trânsito, bem como infrações, multas, penalidade e a responsabilidade civil e criminal por nossos atos no trânsito, principalmente quando colocamos em rico a segurança e a vida, nossa e das demais pessoas.

O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior. Violações individuais dos direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam tomando proporções alarmantes, refletidas em índices estatísticos de acidentes e mortes no trânsito brasileiro. Infelizmente, é no trânsito que algumas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais.

No trânsito, presenciamos diariamente:

· Desrespeito

· Provocações

· Demonstrações de superioridade

· Agressividade

· Violência

São atos praticadas principalmente por condutores, ao quais cabe a maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito. O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as qualidades para ambos são as mesmas.

· Respeita as normas de trânsito

· Respeita o direito das outras pessoas

· Preserva o meio ambiente

· Preserva o patrimônio publico

· É amigável, avisa e ajuda

· Age corretamente, com civilidade

· É cooperativo com todos os que estão no trânsito

· Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade

· Entende que os deveres são idênticos aos direitos alheios

· É compreensivo com os erros dos outros, por também erra

· Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum

· Evita confrontos e comportamentos agressivos

· Compreende as limitações alheias

O primeiro passo, para ser um bom cidadão, é fazer uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau de agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar um padrão de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das outras pessoas.

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