Padre Marcelo Martendal, nasceu em Luiz Alves (SC), no dia 15 de março de 1983. Filho de Leopoldo Martendal e Edite Kleis Martendal.
No dia 14 de fevereiro de 1999, ingressou no Seminário Menor Metropolitano da Arquidiocese de Florianópolis, em Brusque (SC). Com a criação da Diocese de Blumenau no ano 2000, no ano de 2001 passou para o Seminário da Diocese de Blumenau (SC). Cursou Filosofia no Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) de 2002 a 2004. Graduou-se Bacharel em Filosofia aos 04 de dezembro de 2004.
Cursou Teologia no Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC), em Florianópolis de 2005 a 2008. Graduou-se Bacharel em Teologia em dezembro de 2008.
Foi ordenado diácono no dia 24 de janeiro de 2009, por Dom Angélico Sândalo Bernardino e padre no dia 12 de dezembro de 2009, por Dom José Negri. Ambas as ordenações realizadas na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau.
Como padre, nos anos 2010 e 2011 foi Vigário da Paróquia Catedral São Paulo Apóstolo em Blumenau; nos anos 2012 e 2013 foi Administrador Paroquial da Paróquia Santa Cruz, bairro Velha Central em Blumenau; Pároco da Paróquia Santa Inês em Indaial de 12 de janeiro de 2014 a 01 de dezembro de 2018. Foi Diretor Espiritual do Seminário Propedêutico Mãe de Jesus da Diocese de Blumenau no ano de 2014 e Reitor do mesmo seminário de 2015 a 2018. Coordenou a Pastoral Vocacional do Regional Sul IV da CNBB de janeiro de 2011 a dezembro de 2015. Desde 02 de dezembro de 2018 é pároco da Catedral São Paulo Apóstolo.
Seu lema de Ordenação Presbiteral: “Trazemos este tesouro em vasos de argila” (2Cor 4, 7a).
“Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20b). Este versículo bíblico faz parte do discurso de despedida de Jesus (capítulos 13 a 17 do Evangelho segundo João). Sua Ressurreição é o motivo da alegria; retornando para junto do Pai, promete enviar o Espírito Santo, que tem como missão, entre outras, transformar a tristeza em alegria.
Temos vivendo um “tempo novo”. Somos a geração que na história, dentre outros aspectos, vive a Pandemia da COVID-19, popularmente chamada de “Novo Coronavírus”. A COVID-19 tem nos impactado de diversas formas: mudou o nosso ritmo de vida, não podemos mais fazer as coisas como até pouco tempo atrás fazíamos; dar as mãos, dar um abraço, tornou-se “perigoso”; fomos convocados por nossos líderes a permanecermos em casa: as divisas entre países, estados, municípios foram fechadas, o comércio fechou, as empresas pararam, as escolas tiveram de parar as aulas presenciais, as Igrejas tiveram as celebrações com a presença de fiéis suspensas... Poucas foram as atividades consideradas essenciais que permaneceram funcionando, mesmo assim, não da mesma, com uma série de cuidados e precauções.
Esse novo, causa apreensão a muitos, assusta, causa medo. Forçadamente tivemos de estar mais conosco mesmo, o que muitas vezes não fazemos, por termos dificuldade de parar, de silenciar, de rever nossas atitudes, de sair do modo piloto automático que muitas vezes entrou a nossa vida. A casa tornou-se lugar fundamental: Fique em casa! Quantas e quantas vezes essa orientação nos é lembrada. Estar em casa, estar com a família: que dificuldade para muitos, ter de estar 24h com toda a família... agora não tem a desculpa de que “preciso sair para fazer isso ou aquilo”. Estar com a família, dialogar, partilhar tempo e experiencias, ser esposo, ser esposa, ser pai, ser mãe, ser filho, ser filha, ser irmão, ser irmã... ser presença. “Ver, sentir compaixão, cuidar” (cf. Lc 10, 33-34).
A pandemia trouxe à tona, uma realidade por muitos esquecida: temos limites, a vida terrena é finita. É preciso cuidar, preservar a vida. A Ressureição de Jesus evidencia o valor sagrado e inviolável da vida! O Espírito Santo que nos é dado é Espírito de Vida!
A fé nos une a Cristo que é vida. A fé nos dá alicerce, confiança e esperança para vivermos este tempo, não vencidos pela tristeza, não estagnados no “medo” que a realidade nos impõe: “não tenhais medo”(Mt 14, 27), diz Jesus, que vai caminhando sobre as águas ao encontro dos discípulos que estão no barco em mar agitado. Estamos dentro desta barca, fortemente agitada pelo novo coronavírus. “Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água’. Ele respondeu: ‘Vem!’ Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’ Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: ‘Homem de pouca fé, por que duvidaste?’ Assim que subiram no barco, o vento cessou. Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: ‘Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!’. (Mt 14, 28-33)
Viver este tempo, alicerçado na fé! Fé que quem sabe, anda ou andava tão descuidada. A fé nos faz focar no que é essencial. A fé nos assegura que Jesus está conosco! “Eis que eu estarei convosco todos os dias” (Mt 28, 20b). A fé em Jesus nos dá a garantia da vida eterna, mas para ter a vida eterna faz-se necessários atitudes coerentes com a fé durante o tempo de nossa vida terrena. A “fé sem obras é morta” (cf. Tg 2, 17): devo me prevenir para não expor a minha vida ao risco do contágio da COVID-19, que pode contaminar a outros e levar à morte. A fé faz tomar consciência do valor da família, que em tantas circunstâncias é banalizada, desprezada.
Em tempos de pandemia, nutra sua fé, avive sua fé: tenha seu momento de encontro diário com Deus; participe das celebrações que neste tempo acontecem através de lives... e viva fortalecido e iluminado por sua fé. Que possamos sair desta pandemia pessoas melhores, famílias melhores, cientes de que nossas ações ou omissões impactam na vida do próximo. Ame, seja solidário!
Deus lhe ama! Deus quer o seu bem! Deus quer agir em você e por meio de você!
Matéria exclusiva para Portal de Notícias Correio Comunitário
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