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CULTURA

MAB anuncia atrações da 2ª Temporada de Exposições

Público conhecerá no dia 4 de maio as obras selecionadas para a edição que espera visitas até 21 de junho

03/05/2023 11h04
Por: Redação
Fonte: Sergio Antonelo

O Museu de Arte de Blumenau (MAB) anunciou as atrações da segunda temporada de exposições do ano. O evento abre ao público quinta-feira, dia 4 de maio, às 19h, com conversa com artistas e curadores, show musical e lançamentos dos livros "O menino e a gaivota", de Ana Paula de Abreu, e "Eles sobreviveram... nós prosperamos", de Selma Rutzen. O período para visitas vai até 21 de junho, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176. A entrada é gratuita.

Santa Catarina estará representada por Astrid Lindroth em exposição comemorativa aos 45 anos de trajetória artística. “De São Paulo receberemos Maria do Carmo Verdi, com a exposição FLOOD - O manto da visibilidade, e Edson Françozo, com a exposição Desextir. Do Ceará virá Delfina Rocha, com Dez Noventa”, salienta a gerente do museu Mia Ávila. “Também teremos obras do nosso acervo contempladas com o Prêmio Museus/Patrimônio e Paisagem Cultural, do Edital Elisabete Anderle - Edição 2022, de Arian Grasmuk, que compõem a exposição Tempo e Obra: Marcas e Memórias”. 

Saiba mais

Abertura da 2ª Temporada de Exposições no MAB 

Data: quinta-feira, dia 4 maio

Horários:

19h: conversa com curadores e artistas expositores

20h: abertura da 2ª Temporada de Exposições do MAB, lançamento de livros, declamação de poema e apresentação musical

Visitas: até 21 de junho, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h

Visitas mediadas: podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176

Classificação indicativa de idade: Livre

Entrada gratuita

 

O que ver

Sala Roy Kellermann: Exposição Dez Noventa, da artista Delfina Rocha

A exposição resulta de uma jornada da fotógrafa Delfina Rocha pelos espaços que moldaram sua infância e adolescência. A sua narrativa imagética está organizada dentro de um contexto emocional que permite momentos de lembranças individuais. Delfina teve a oportunidade única de revisitar sua casa de infância, que havia sido vendida há mais de 38 anos. Nesse reencontro, o espaço estava vazio e os ambientes inacreditavelmente preservados com os mesmos papéis de parede, o mesmo carpete e as cores que a artista se lembrava de sua juventude. Esse retorno à casa de infância e a experiência de ver as marcas e os vestígios do tempo deixados nesses espaços de afetos foram profundamente comoventes e inspiradores para a artista. A partir de suas visitas recentes a sua antiga casa, a artista criou uma série de dípticos que combinam imagens atuais com antigas fotografias saídas do álbum de família de 1972, muitas das quais foram tiradas pela própria artista. Essa série torna-se, aos olhos dos visitantes, uma narrativa afetiva que vai reconstruindo as memórias da artista dos seus primeiros espaços de “abrigo”, “refúgio” e “sonho”.

Ao editar essas imagens, a artista confunde o presente e o passado, criando uma cartografia de sua intimidade, expondo, publicamente, a sua história pessoal. As fotografias da exposição permitem ao público ver o espaço através dos olhos da artista e compartilhar a sua jornada pessoal através do tempo. A artista espera que esta exposição possa inspirar e ativar reflexões sobre memórias e espaços íntimos, e como eles moldam as pessoas.

 

Sala Pedro Dantas: Uma linha entre pontos, de Astrid Lindroth, 45 anos de arte

A artista catarinense comemora 45 anos de arte em exposição no Museu de Arte de Blumenau. A curadoria é de Marc Engler, que identificou, no universo da reserva técnica da artista, relevantes obras produzidas em cada série desse percurso.  “Uma linha entre pontos é um recorte de uma carreira dedicada à formação de ideias sobre arte e comportamento”, resume Marc. “Astrid Lindroth desperta com seu trabalho, um pensar sobre esfera e biosfera, um círculo filosófico fluído que propõe uma compreensão sobre o universo, dimensões materiais e espirituais com um ponto de vista pessoal e subjetivo.”

Sempre coerente na fala e na estética, Astrid usa, principalmente, o bico de pena para criar suas expressões através do pontilhismo. “A esfera marca um ponto perfeito, como que estampando no local a essência do momento, complementando o espaço. São imaginações, viagens interiores, expressões que borbulham em imagens afloradas. O resultado é um céu de pontos tatuados... Ponto entre pontos. São momentos do meu sentir, do meu navegar pulsando energias pela vida”, diz a artista.

 

Sala Elke Hering: Exposição: Tempo e Obra: Marcas e Memórias - Acervo do MAB

O Projeto 000431 Restauração/Troca de Chassis e Molduras de Obras do Acervo do Museu de Arte de Blumenau, de Arian Grasmuk, foi contemplado no Prêmio Museus/Patrimônio e Paisagem Cultural do Edital Elisabete Anderle - Edição 2022. A exposição “Tempo e Obra: Marcas e Memórias” reúne 27 obras que foram transferidas em 2020 do acervo do Museu da Família Colonial para o Museu de Arte de Blumenau e uma obra que já integrava o acervo do MAB. As obras passaram pela limpeza mecânica, remoção de chassis e molduras contaminadas por insetos xilófagos, construção de novos chassis e emolduramento, deixando-as prontas para exibição. As obras executadas sobre papéis e cartões receberam proteção de vidros e também a colocação de material que impede a proliferação de fungos. Duas obras foram especialmente reservadas para receberem tratamento diferenciado de restauro, dada a importância delas no contexto histórico da história da arte local e a história da cidade. São elas: “Jacutinga”, do artista Paul Hering (1861-1942) e “Igreja Evangélica do Espírito Santo”, do artista Heinrich Graf (1859-1934).

As obras contempladas com o projeto são dos artistas: Alexandre Jacovleff (1887-1938), Alexandre Lenard (1910-1972); Berta Steielein (1903-1967); Franz Richard Becker (1879-1952); Hannelore Klomfass (1932); Hanns Augsburger; Hans Steiner (1910-1974); Heinrich Graf (1859-1934); Johannes Janzen (1883-1964); Klaus Klinger; Lisier; Orlando Ferreira de Melo (1922-2004); Paul Hering (1861-1942); Renate Rohkohl Dietrich (1918-1997); Rita Schwabe (1928-2012); Terezinha Barreto; Ubirajara; além de uma obra anônima e outra de autor desconhecido.

 

Galeria Municipal de Arte/Sala Alberto Luz:  Exposição "Desexistir”, de Edson Françozo

Em “Desexistir”, Edson Françozo procura explorar visualmente aspectos da memória como seu apagamento e rompimentos, e a desorientação consequente. Com o uso de imagens antigas refotografadas com câmera pinhole (artesanal), assim como diferentes procedimentos e possibilidades de articulação da fotografia com a produção imagética e artística contemporânea, o artista chama atenção para as lacunas da memória nos convidando a caminhar em meio a espectros e ausências, e a perceber a potencialidade do tempo, tanto em sua passagem como em suas desordens e anacronias.

 

Galeria do Papel: Exposição Flood - o Manto da Visibilidade, de Maria do Carmo Verdi

Flood - O Manto da Visibilidade torna visível o invisível, como acontece, por exemplo, depois de uma inundação, avalanche ou movimento abrupto no ambiente; quando a terra se revolve e mostra o que estava oculto pelo tempo e pelo pensamento. Tragédias naturais causadas por eventos climáticos extremos, assim como crises sociais e políticas colocam em risco a vida, a natureza e finalmente o planeta. Por meio da linguagem poética e lançando mão da técnica da pintura, da costura, do bordado e da impressão digital, a artista criou imagens que formam uma narrativa que poderá levar ao espectador uma reflexão sobre a importância do cuidado que nos garantirá a sobrevivência, a resistência e a persistência da vida na Terra. A instalação consiste em um grande plano em tecido, manipulável, fixado nas grades do teto da Galeria do Papel, por cordões em oito diferentes pontos. O manto de 7 metros x 11 metros é composto por vários tecidos, alguns tingidos e pintados, outros também bordados e impressos digitalmente, todos costurados à mão. Ao movimentar os cordões que suportam o manto é possível alterar sua forma ativando diferentes partes da obra no espaço. “Me interesso pela articulação e transformação da paisagem no tempo e no espaço. Olho para o planeta atenta ao lugar do humano neste grande sistema cósmico que exploro por diferentes mídias em seus aspectos plásticos, políticos e simbólicos. O processo de desumanização, assim como a resistência, a superação e a perseverança são temas recorrentes nos meus trabalhos em anos mais recentes”, comenta Maria do Carmo Verdi.

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