Os 40 deputados estaduais eleitos para a 19ª Legislatura, agora já devidamente ancorados em suas respectivas comissões parlamentares, passam à plenitude do mandato em um renovado clima de esperança, sem deixar de assegurar ao povo catarinense o direito de participar, propor, criticar e construir em conjunto uma política de referência para o Brasil.
Em tempos de desconsideração da política, permanece necessário reafirmar o papel do Parlamento. Estuário das grandes correntes de debates, sem abrir mão do seu papel fiscalizador, a Assembleia Legislativa se constitui, ao mesmo tempo, meio e meta na arquitetura de normas que disciplinem e fortaleçam a vida em sociedade.
As urnas sinalizaram um claro sentimento de mudança e, mesmo assim, o quadro continua confuso. Há decepção, há frustração, há desconfiança, e não adianta fazer de conta que tudo mudou como que num passe de mágica. De fato, eleitos e eleitores somos desafiados a participar criticamente, a reelaborar pautas, a reabrir a história, a devolver esperanças.
Temos de ser realistas. O imperativo se configura em lidar com isso sem nos omitir, sem desanimar. Persistiremos na busca de um governo eficaz em todas as suas esferas, incluindo-se, aqui, políticas sociais, econômicas e, sobretudo, de gestão da máquina pública. Isto supõe,
necessariamente, uma intensa mobilização da própria sociedade na busca de um projeto de cidadania plena de ética e justiça.
É claro que em um país onde o embate entre eleitores ainda dá sinais de paixão política corrosiva, a responsabilidade do mandato aconselha uma postura essencialmente republicana, com motivações balizadas na tarefa pública suprema que pode ser resumida em três ambições: defesa da pluralidade política, eficiência legislativa que vincule investimento produtivo com progresso social e a luta incansável por um futuro decente para todos os catarinenses.
Ismael dos Santos
Deputado Estadual reeleito