Mais um Dia dos Pais se aproxima e considero o momento ideal para refletir qual o real significado não só da figura paterna, mas sim da família como um todo. No que trata os seus direitos, deveres, responsabilidades e desafios, em uma sociedade que vive em constante modificação quanto a organização familiar.
Atualmente, ainda há um bloqueio quanto as novas formas de família. Afinal, o que vem de imediato a nossa mente quando falamos em família? Aquela tradicional, com pai, mãe e filhos. No entanto, nem sempre os conceitos que temos sobre família acompanham as constantes mudanças nos modos de viver: pais separados, avós que exercem as funções paternas e maternas, pais que se casam novamente, irmãos que assumem o papel de pai/mãe, dentre outras. As possibilidades são grandes!
Pensamos no pai separado: será que pagar a pensão e ver como o filho está é o bastante? Legalmente talvez seja, mas e como fica o maior interessado, o filho, que está em um momento de aprendizado e construção moral? Será que basta? O pai rompe o vínculo conjugal com a mãe, mas não o vínculo parental com o filho, apesar de frequentemente o que se vê na prática são mães impedindo contato do pai com sua prole ou mesmo a figura paterna, que uma vez separado da mulher e não mais presente no âmbito domiciliar, resolve construir uma nova vida e deixar os filhos de lado.
O pai que não mora mais com o filho deve se fazer presente e tentar manter o seu espaço e por consequência, a ex-cônjuge deve compreender tal fato e não agir de maneira que diminua o pai como simples visita em casa. Pais e filhos não devem ter direito a visitação, uma vez que visita remete a algo sem qualquer intimidade, como se fosse um parente ou amigo, mas sim direito a convivência. A figura paterna é aquela que vive e compartilha fatos corriqueiros com o filho, das coisas mais simples da vida, como levar para tomar sorvete, ensinar a amarrar o tênis ou saber como estão as notas da escola.
Nessa data tão especial, você que é pai, não veja seu filho apenas como um encargo que possui. Há responsabilidades? Com certeza. No entanto, mais do que isso, aproveite o que mais de puro existe em uma relação de pai e filho: amor!
Você que é filho, procure também por ele. Datas específicas, como essa, são belas oportunidades de rever atitudes e convicções. Pode viver sob o mesmo teto ou em outra cidade; pode ser criança ou adulto. Esqueça, nem que seja por algum momento, alguma mágoa que por ventura tenha ocorrido e se permita aproveitar com o seu pai.
E você que identifica na mãe, avó, avô, irmão ou qual parente seja, uma figura paterna, não se acanhe e lhe dê muito mais que um presente caro ou barato. Dê a chance do convívio e agradeça por tudo que essa pessoa fez e ainda faz por você.
Desejo a todos um Feliz dia dos Pais!
Advogado Previdenciário
Proprietário do escritório Petró Advocacia, inscrito na OAB/RS sob o n.º 99.427, com atuação exclusiva na área previdenciária. - Criador do canal no Youtube "Petró Advocacia" - Palestrante - Pós graduando em Advocacia Empresarial Previdenciária e Previdência Privada, EBRADI. - Pós graduado em Direito Civil e Processo Civil, UnIRItter Canoas/RS, 2015-2016 - Bacharel em Direito, UniRitter Canoas/RS 2010 - 2014
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