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RIO GRANDE DO SUL

Após tragédia no RS, prefeitos de SC fazem apelo por aprovação de “PIX” para desastres

Projeto que agiliza repasse de recursos emergenciais para catástrofes tramita na Alesc

29/09/2023 16h47
Por: Redação
Foto: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL
Foto: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

 Durante a abertura do Congresso Estadual de Municípios, Associações e Consórcios (COMAC-SC), realizada no último dia 27, os prefeitos de Santa Catarina pediram agilidade da Assembleia Legislativa para aprovação do Projeto de Lei (PL) 81/23. Essa foi uma das pautas prioritárias apresentadas pela Federação de Municípios de Santa Catarina (FECAM) na ocasião, objetivando o fortalecimento da causa municipalista.

O PL foi apresentado no primeiro semestre deste ano pelo deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) e busca instituir uma política de socorro financeiro imediato - espécie de “PIX” - para atender cidades atingidas por desastres naturais.

A cobrança para rápida tramitação da proposta tem como pano de fundo as recentes catástrofes que deixaram rastros de destruição no Rio Grande do Sul (RS), bem como o panorama meteorológico para os próximos meses, com forte influência do fenômeno “El Niño” e perspectiva de excesso de chuvas no Sul do país.

Historicamente, Santa Catarina é um dos estados que mais sofre com eventos climáticos extremos - somente em 2022, foram registradas cerca de 850 ocorrências do tipo. Por conta deste cenário, as prefeituras pleiteiam maior celeridade em relação à transferência de recursos estaduais para o custeio de ações de pronta resposta e restabelecimento dos serviços públicos essenciais, processo que, atualmente, pode levar até meses.

Bernardes explica que, se aprovado, o PL transformará as prefeituras em organismos integrantes do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, possibilitando, assim, o acesso às verbas do Fundo Estadual de Defesa Civil em até 24 horas após a ocorrência do desastre. 

“Na época em que fui prefeito de Blumenau, eu enfrentei seis enchentes, então sei bem como o mecanismo atual impossibilita a ajuda financeira imediata do Estado às prefeituras nesses momentos de apuro. Em virtude dessa morosidade, a conta da reparação dos prejuízos emergenciais acaba recaindo exclusivamente aos municípios, afinal a infraestrutura precisa ser restabelecida rapidamente para que as pessoas sigam com suas rotinas”, afirma o deputado.

O projeto de lei já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, e ainda depende do aval das Comissões de Finanças e Tributação, Assuntos Municipais e Proteção Civil, para ser votado pelo Plenário da Assembleia Legislativa.

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