O Planejamento Urbano incorporado a arquitetura e paisagismo é um desfio permanente para arquitetos, urbanistas, engenheiros e gestores públicos, porque as cidades estão em constante desenvolvimento e transformação, motivo pela qual a Segurança Pública está diretamente ligada as questões da organização dos espaços de uma cidade.
A segurança tem estado em evidência em todo o mundo, devido ao aumento dos problemas decorrentes do mau planejamento ou da falta dele. O debate sobre a criminalidade está em pauta principalmente por defensores de medidas mais duras e efetivas com relação a justiça penal e dos tramites processuais, que necessitam urgentemente de atualizações. É preciso enfrentar este problema que afeta grande parte da sociedade, que se torna vítima tanto de sua integridade física, quanto de seu patrimônio. Sendo assim, enquanto esta parte de legislação está sendo analisada, a prevenção sempre terá protagonismo na área de segurança por motivos óbvios, de evitar danos aos cidadãos e o desgaste de envolver outras autoridades, sejam elas de trânsito, bombeiros, policias entre outros. Ainda sobre ações preventivas simples, mas que podem trazer grandes benefícios, está em trazer para cada de um de nós a responsabilidade de observar, fiscalizar e ser vigilante ao que acontece ao nosso redor e assim impedir e extinguir maus hábitos como: muros pichados, depredação de patrimônio, acumulo de lixo, abandono de equipamentos, falta de iluminação e outras questões específicas. As cidades mais bem sucedidas têm projetos de alta qualidade, estudos profundos de cada região, planejamento urbano com participação social, incentivo a limpeza e constante manutenção.
A importância da análise mais profunda do cotidiano dos bairros, fluxo de veículos, intensidade de pedestres nas vias e principalmente o estado de conservação das ruas, pontes, praças e também do seu quintal, do seu depósito, enfim, da sua casa, reflete na vida das pessoas e no conjunto que compõe uma área específica. Podemos observar onde existe um grande fluxo de pessoas circulando, as pessoas se sentem mais seguras. Onde as ruas são mais desertas, gera mais insegurança e o mesmo vale para a iluminação de um local, quanto mais bem iluminado, mais as pessoas se sentem seguras. Sendo assim, o trabalho de Urbanismo vai além de projetar avenidas, viadutos, parques e organizar as cidades. Existe o Plano Diretor e os códigos de Zoneamento que administram as áreas e as dividem em zonas industriais, comerciais, hospitalares, escolares, residenciais e também parques e áreas de preservação permanente, permitindo ou não, construir ou ocupar espaços de acordo com cada situação, dimensão e impacto que uma obra gera no seu entorno. Obras maiores, que vão causar demandas que influenciam o dia-a-dia, devem responder a um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), justamente para diminuir os transtornos, de trânsito na movimentação de caminhões ou até alterações no sistema viário. O ideal é compor pequenas quadras que criam esquinas e onde os condomínios funcionam como vigilantes do que acontece nas calçadas, tornando esse modelo mais seguro. Outro ponto importante é não setorizar demais, ou seja, fazer grandes zonas só de comércio, ou só de residência, o interessante é misturar com sabedoria, para justamente ter circulação sempre, evitando as calçadas desertas. Este modelo pode integrar comércios, residências, espaços educacionais e culturais promovendo encontros e a variedade de atividades, tornando-se mais movimentado, atrativo, criativo e seguro.
Os desafios para manter uma cidade em equilíbrio e harmonia depende de cada um de nós, porque não adianta apenas reclamar de algo que não está bom. É preciso participar de audiências públicas, colaborar levando questões de interesse social, ajudar a informar as autoridades quando há um problema a ser resolvido e interagir com a sociedade.
Reduzir o medo e a insegurança deve ser prioridade e o futuro das nossas cidades e sobretudo a qualidade de vida e bem estar das pessoas, exige do arquiteto e urbanista estar em sintonia com os avanços da vida moderna e sempre repensar a função das ruas, parques, matas e da paisagem urbana, afim de corresponder às expectativas da comunidade e sua diversidade, permitindo interação para criar uma identidade e o sentimento de pertencer a um determinado local, que é onde a vida realmente acontece.
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Michelle Schwanke – Arquitetura e Assessoria
Arquiteta e Urbanista
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Trabalho mais de 20 anos na área de Arquitetura de Interiores e especialista em Produções para ambientes profissionais para eventos ou fotos conceito. Me formei na FURB em Arquitetura e Urbanismo em 2001 e fiz vários cursos um deles em iluminação com a Arquiteta Esther Stiller. Participei de Mostras de Decoração e Projetos de Espaços corporativos. Outra atividade que me dedico desde 2014 é o Instituto Verdade e Liberdade que sou coordenadora e atuo nas questões de fiscalização, promoção de Eventos de Interesse Social e outros trabalhos voluntários diversos, como cursos de gerenciamento e fiscalização de gastos públicos.
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