A síndrome que vem causando um estrago no Metabolismo

Então, encaro o assunto de frente e desta forma... Obviamente, leitor, compartilho experiências relatadas em consultório e trago aqui para pontuar as grandes queixas encontradas.

Sim, o fato é que estamos vivendo outra pandemia. Não se assustem... Antes do covid-19 assolar o mundo, estávamos em enfretamento constante de várias outras doenças, portanto, trago algo que não é novo, mas que precisa ser falado e compartilhado. 

Falo da síndrome metabólica, caracterizada pela presença de pelo menos três componentes de risco, representados por umas dessas patologias : Obesidade abdominal por meio da circunferência abdominal de homens > 102 cm e mulheres de > 88 cm, Triglicerideos ≥ 150mg/dL, HdLcolesterol homens ‹ 40mg/dLe para mulheres de ‹ 50mg/dL, Pressão arterial ≥130mmHg ou ≥ 85 mmHg, Glicemia de Jejum ≥110 mg/Dl. A presença de Diabetes mellitus não exclui o diagnóstico de Síndrome metabólica.

Agora já sei, muitos correram para pegar a fita métrica e levaram um susto, é ou não?

Eu sei que sim, pois grande parte da população já ultrapassou a marca prevista do valor de referência abdominal. Claro, você precisa estar muito atento, pois se passou a marca da circunferência da cintura e tem mais dois desses marcadores acima, você está dentro desta estatística.

O que fazer neste momento além de ficar preocupado? Você deve pensar em mudanças, repensar seus hábitos, mudar sua rotina e fazer algo pela sua saúde física, procurar um profissional da área médica e nutricional para te dar todo esse aporte. Claro que me incluo nesse contexto...

Mas antes de tudo isso, o que fazer, se não tenho como e nem por onde começar? Então meu caro, comece pelo certo. Trocando “tudo por saúde” mesmo... Inicio dizendo: pare o quanto antes com a ingestão de açúcares, ultrapocessados, processados, industrializados embutidos, refrigerantes e farinhas brancas...Mas, me diga, nutri, tirar tudo e não sobra mais nada? Sim, claro que sobra um tempo para você pegar um familiar e sair para fazer alguma atividade física. 

A recomendação de exercício aeróbico no tratamento da síndrome metabólica é um pouco maior, sendo necessário atingir entre 30 a 60 minutos de atividade física moderada por dia, além de ser aconselhado incluir mudanças ao longo do dia a fim de tornar o dia mais intenso, incluindo mudanças simples como subir escadas, usar menos o carro para locomoção ou tornar as atividades de lazer mais ativas.

É sabido que o comportamento sedentário é um fator ambiental responsável pelo aumento destas complicações, pois, quando associado aos maus hábitos alimentares, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças vasculares, tais como, doença arterial coronariana (DAC) e aterosclerose, que são originadas pelo acúmulo de placas de ateroma no interior das artérias, influenciando negativamente na saúde vascular, de acordo com as Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Em contra partida, a prática de exercícios físicos é considerado como uma das principais intervenções não farmacológicas contra a dislipidemia e doenças vasculares, pois exerce influência na melhora do perfil lipídico, condutância vascular, complacência arterial, modulação autonômica, diminuição dos níveis de pressão arterial, redução dos níveis de gordura corporal, normalização da glicemia, entre outras respostas benéficas (PRADO, DANTAS, ET AL 2002).

Tantas informações e recomendações que trago, são sempre no intuito de alertar para o impacto na saúde por escolhas errôneas, escolhas essas que podem trazer inúmeros malefícios para a sua qualidade de vida. Fica o alerta e me despeço, como sempre, dizendo: faça boas escolhas, mude algo todos os dias, incorpore o novo na sua rotina, seja mais natural, desfrute os orgânicos, vá a feira, plante em casa, beba água sempre, ame-se, cuide-se ....

Beijo da Nutri.

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